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Cruzeiro do Sul

Cruzeiro do Sul está localizada a oeste do estado do Acre. A cidade é, atualmente, a segunda maior do Acre e a mais desenvolvida da Região do Juruá. É um dos mais importantes pólos turísticos e econômicos do Estado cercada de construções e monumentos que simbolizam a história e a grandeza do seu povo.

Situada na fronteira com o Peru, à margem esquerda do Rio Juruá, Cruzeiro do Sul possui cerca de 80 mil habitantes, segundo dados do IBGE.  Suas origens remetem ao ano de 1904, a partir do Decreto de 12 de setembro, quando o Coronel do exército Brasileiro Nacional, Gregório Thaumaturgo de Azevedo instalou a sede provisória do departamento do Alto Juruá, no lugar de nome Invencível, na Voz do Rio Môa.

No entanto, como data oficial de fundação tem-se 28 de setembro de 1904, quando ocorreu da transferência da sede do departamento para as terras do ex-seringal centro Brasileiro, adquirido pelo Governo da União, do senhor Antônio Marques de Menezes, conhecido como “Pernambucano”. Localidade que em 31 de maio de 1906, foi elevada a categoria de sede da Prefeitura.

A cidade foi primitivamente povoada por povos indígenas divididos em vários grupos, entre eles os Katukina, Náuas, Jamináuas, Caxináuas, entre outros. E posteriormente, em decorrência do desenvolvimento do extrativismo da borracha, inúmeros migrantes nordestinos, particularmente cearenses, chegaram à região. Além de estrangeiros de diversas nacionalidades que também se constituíram desbravadores e povoadores.

Plantada no Vale do Juruá, numa vasta terra firme, cortada por majestosas colinas que formam vales, berços de rios e lagos, a cidade de Cruzeiro do Sul começou a surgir. As residências, no início da colonização eram em sua maioria de madeira, passando anos depois a serem em alvenaria ou estrutura mista.

Nos anos de 1940, a cidade já possuía um conjunto representativo de casas que se estendia em todas as direções, formando ruas, avenidas e praças. Quanto à pavimentação das vias, o antigo 7º BEC teve importante contribuição. Assim como também na área da saúde, já que naquele período era escasso o sistema público de saúde na região do Juruá.

No campo educacional, a cidade dos Náuas sempre possuiu um ensino de qualidade e desde 1982, sediava cursos devido à criação do Núcleo da UFAC, transformado em Campus (1992), onde eram ministrados os cursos de Letras e Educação em regime superior. Hoje o campus já totalmente modificado está instalado em um novo endereço, mas os primeiros formandos ainda guardam na memória as impressões daquele tempo.

Quanto ao suporte administrativo da cidade, contou com os serviços públicos básicos e prédios que constituem o patrimônio histórico-cultural da região, tais como: a estação de porto e o colégio Santa Terezinha, em estilo colonial inglês, a Catedral Nossa Senhora da Glória com influência germânica e o Fórum em estilo neoclássico.

Mas a fase áurea da administração cruzeirense ocorreu, portanto, paralela ao desenvolvimento do extrativismo durante o 1º e 2º surto da borracha, porém com a crise deste produto, as dificuldades de acesso á região e de implementação de alternativas econômicas com sucesso, fizeram com que esta localidade até fins da década de 1960, passasse por grandes dificuldades. Porém, avaliando o contexto econômico cruzeirense, destaca-se sobre tudo ,o extrativismo da borracha ,com a primeira atividade econômica para os muitos seringueiros, que tinham na borracha a única fonte de renda.

Com o decorrer do tempo, o extrativismo foi seguido pela pesca, caça e a agricultura de subsistência, como alternativas econômicas utilizadas pela população da região. Destacando-se nesse seguimento a criação de animais por meio da pecuária.

Já na vida social, os cruzeirenses eram bastante animados. Havia festa de lazer, cívico- cultural, nos clubes “Juruá, “Ideal”, e “Samambaia”. E além dos eventos festivos, havia ainda a questão da religiosidade do povo, destacando-se o Novenário em honra à  Nossa Senhora da Glória.

A partir da década de 70, a cidade ainda jovem, começou a passar por um processo de crescimento populacional desordenado frente ao crescente êxodo rural. Com isso, inúmeros bairros começaram a surgir, fazendo de um pequeno vilarejo, uma bela e populosa cidade, que ao longo das décadas, propiciou um contínuo processo econômico e social, evidenciado em significativas mudanças no sistema de saúde, educação e até mesmo na administração pública.

Portanto, a “Princesinha do Juruá”, nossa querida Cruzeiro do Sul finalmente começa a tornar imponente para o Acre, não apenas por suas obras  majestosas já contruídas, mas ,acima de tudo, pela grandeza de um povo simples e hospitaleiro, que mesmo com marcas profundas do passado preserva no peito a certeza e um futuro ainda melhor.

Diante de tamanhos feitos, hoje nos cabe preservar na memória os grandes desbravadores desse pedacinho de terra abençoada em que vivemos, marcada por uma crescente mutação que promete ainda mais aventura, poder, alegria, crescimento e transformação do que nos cerca, mas ao mesmo tempo ameaça destruir o que temos, sabemos, e acima de tudo, o que somos e de onde viemos. Por isso, reafirmemos autotransformação pelo conhecimento de nossas raízes, afim de fortalecer nossa identidade amazônica,  e tipicamente “Juruaense”, tendo como compromisso primeiro, o chão onde nascemos é fundamental.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

O município era habitado por tribos indígenas, entre elas a dos Nauas, merecem citação também, a dos Amoacas, dos Araras, dos Campos e das Colinas, de que existem remanescentes. Parte dos Amoacas permanece em estado de selvageria, provocando certos distúrbios e até atacando propriedades.

A tribo dos Nauas, os principais dominantes, que fez retroceder a expedição do cientista inglês William Chandlesse, em 1867, abandonou a localidade, a partir de 1870, rumando para o Peru pelos altos rios, em consequência de terrível epidemia. Data de 1857 o início das expedições para o alto Juruá, quando o chefe de índios João da Cunha Correia, chegou a foz do rio Juruá-Mirim. Várias expedições foram realizadas, propiciando o início do povoamento da região por brasileiros civilizados. Formaram-se seringais, em virtude da imigração de nordestinos que, acossados pelo fenômeno das secas, abandonaram os sertões nos anos de 1877 a 1879. O seringal denominado Centro Brasileiro foi explorado por volta de 1890, e passou a congregar grande número de brasileiros.

Em 1896, os primeiros caucheiros peruanos começaram a aparecer. Em 1902, o comisário peruano Carlos Casquez Guadra estabeleceu-se oficialmente à foz do rio Amônea, dando início a uma sequência de choques entre brasileiros e peruanos.

Com o Tratado de Petrópolis, firmado em 17 de novembro de 1903, o Acre passou definitivamente ao Brasil. Por essa época, o local Centro Brasileiro constituía-se de um povoado com algumas dezenas de casas e considerável movimento comercial. A Cidade de Cruzeiro do Sul, sede definitiva do Município, foi fundada em 28 de setembro de 1904.

Travaram-se contendas entre brasileiros e peruanos, com vitórias dos primeiros.

Em 1913, vasta área do Município foi desmembrada, para formação do vizinho Município de Tarauacá.

A 1º de outubro de 1920, o Governo Federal deu nova organização ao Território do Acre, unindo os municípios sob um Governo Geral, com sede na Cidade de Rio Branco, que passou a ser a Capital do Acre.

Após a nomeação desse primeiro Governo-Geral, em 1921, o Município passou a ser administrado por Prefeitos nomeados pelo Governador, regime que ainda perdura. Cruzeiro do Sul perdeu a categoria de capital do Alto Juruá. Seu progresso vem se processando lentamente, apesar do esforço e estoicismo de seu povo.

Formação Administrativa

Elevado à categoria de vila com a denominação de Lugar Centro Brasileiro, pelo decreto do prefeito nº 8, de 28-09-1904. com sede no antigo Departamento do Alto Juruá – criado por decreto por decreto federal nº 5188, de 07-04-1904. Instalado em 12-09-1904.

Elevado à condição de cidade, por decreto do prefeito nº 34, de 31-05-1906.

Pelo decreto federal nº 9831, de 23-10-1912, é criado o distrito de Cruzeiro do Sul. Sob o mesmo decreto, transfere a sede do município para o distrito de Cruzeiro do Sul. Instalado em 15-01-1913.

Pelo decreto nº 195, de 01-05-1914, da prefeitura do Departamento de Juruá, Cruzeiro do Sul é sede do 1º distrito do 1º termo judiciário do dito Departamento.

Pelo decreto federal nº 14383, de 01-10-1920, suprimiu o Departamento, manteve o município dando a denominação de Juruá.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município de Juruá parece denominado Cruzeiro do Sul.

Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município denominado Juruá e tem como a sede o 1º distrito de Cruzeiro do Sul, e é constituído de 10 distritos: Cruzeiro do Sul, Boa Vista, Bom Futuro, Humaíta, Mário Lima, Iracema, Santa Luzia, Ponciano São Francisco e Thamauturgo.

Pelo decreto-lei federal nº 968, de 21-12-1938, são extintos os distritos de Boa Vista, Bom Futuro, Ponciano e Santa Luzia. Sob o mesmo decreto o distrito de Mário Lima passou a denominar-se Japuim.

Pelo decreto-lei federal nº 6163, de 31-12-1943, o distrito de Humaíta passou a denominar-se Porto Walter. Sob o mesmo decreto acima citado, o município do Cruzeiro do Sul adquiriu o distrito de Thamauturgo, do município de Foz do Jordão, do município de Tarauacá (ex-Seabra, e o distrito Cruzeiro do Sul perdeu parte do território, transferido para o distrito da sede do município de Tarauacá ex-Seabra.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constiuído de 4 distritos: Cruzeiro do Sul, Humaíta, e Thamauture e dividido em 2 zonas: Cruzeiro do Sul, Ponciano e São Francisco, zona Humaíta: Boa Vista, Japuim ex-Márcio Lima e Santa Luzia e zona de Taumaturgo: Bonfim.

No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 4 distritos: Cruzeiro do Sul, Japim ex-Márcio Lima, Porto Walter e Thaumauturgo.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 4 distritos: Cruzeiro do Sul, Japim, Porto Walter e Thaumaturgo.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.

Pela Constituição Estadual do Acre de 01-03-1963, desmembra do município de Cruzeiro do Sul os distritos Japim, Mário Lobão ex-Porto Walter e Marechal Taumaturgo ex-Thaumaturgo. Ambos elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 1-I-1979, o município é constituído do distrito sede.

Pela Constituição Federal de 1988, artigo 35, ato disposições Constitucionais transitórias da Constituição Estadual de 1989 e Artigo 1º da lei complementar estadual nº 35, de 1812-1991.

Em divisão territorial datada de 18-VIII-1988, o município é constituído de 3 distritos: Cruzeiro do Sul, Porto Walter e Marechal Taumaturgo.

Pela lei estadual nº 1029, desmembra do município de Cruzeiro do Sul o distrito de Marechal Taumaturgo. Elevado à categoria de município.

Pela lei estadual nº 1033, de 28-09-1992, desmembro do município de Cruzeiro do Sul o distrito de Porto Walter. Elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 2003, o município é constituído do distrito sede.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

 

 

 

 

Fonte: http://www.cruzeirodosul.ac.gov.br/wps/conheca-cruzeiro-do-sul/relembrando-nossa-historia/

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